Como 2020 foi importante para as marcas pensarem em igualdade, equidade e inclusão
Por conta da pandemia de coronavírus, 2020 trouxe muitos desafios para todo mundo, mas também foi um ano importante para que fossem feitas reflexões, ajustes e mudanças, principalmente no campo dos negócios. Em um ano em que se falou tanto em respeito e busca por empatia, se posicionar com foco em igualdade, equidade e inclusão foi fundamental para as marcas. Mas sempre lembrando que não basta estar apenas no discurso, é necessário alinhar com a prática.
Pensando nisso, a forma como as empresas se comunicam com os clientes, anunciantes e empreendedores é urgente no processo para fazer alguma diferença no mercado. E aqui estamos falando de questões sociais e culturais, evitando reforçar os estereótipos. Segundo o Google, este ano, no Brasil, o e-commerce registrou o maior crescimento em duas décadas. Ou seja, não basta pensar somente na venda ou na experiência do consumidor. É fundamental considerar a pluralidade.
Quando falamos em diversidade, não podemos, por exemplo, dar visibilidade ao público LGBTQIA+ apenas em datas especificas. Todos devem ser lembrados em todas as épocas do ano. É ter uma visão interseccional. É preciso olhar, por exemplo, para as pessoas com deficiência (PCD) de forma cuidadosa. De acordo com o Google, 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. E você deve se fazer a pergunta: o que a minha marca está fazendo para atender melhor e de maneira mais acessível esses clientes?
Outro importante foco deve ser o gênero. O Google realiza, desde 2017, um estudo em parceria com o Instituto Geena Davis, que mapeia padrões de gênero na publicidade. O que se viu é que as mulheres têm mais voz apenas nas áreas de varejo, bens de consumo não duráveis e saúde, o que acaba criando um estereótipo. Nas propagandas automotivas e de comércio e indústria, elas não são tão ouvidas. Por que uma mulher fala mais nos comerciais de carros e menos nos de limpeza? Pensar nisso é essencial para o avanço da nossa sociedade.
Por fim, e não menos importante, é fundamental pensar na questão da inclusão racial. Segundo o Google, numa pesquisa realizada no Brasil em 2019 com pessoas autodeclaradas pardas e pretas,foi observado que as marcas são “afroconvenientes”. 68% da população negra não se considera representada pelas empresas em geral. As coisas pioram quando falamos de mulheres negras, as mais sacrificadas e inviabilizadas.
Alinhamento de discurso e mudanças reais
Observando os dados divulgados pelo Google, é fundamental entender que falar de igualdade, inclusão e diversidade não é apenas uma tendência. Além disso, é algo que não pode ficar apenas no discurso. É necessário pensar na urgência de se discutir esses pontos e realmente pensar em ações que considerem a pluralidade do público das marcas. A pandemia acabou sendo positiva para essas reflexões, tomando um posicionamento que será bem-visto pelo mercado.
Dessa maneira, os três pontos que o Google coloca como essenciais para se pensar nas campanhas da marca são:
1 - Fugir de estereótipos;
2 - Representar a pluralidade;
3 - Ampliar a visão de diversidade para além de raça e gênero.
2 - Representar a pluralidade;
3 - Ampliar a visão de diversidade para além de raça e gênero.
A responsabilidade social é algo que deve ser buscado sempre pelas empresas. Principalmente, como agente de mudança. Isso que realmente faz a diferença nos negócios.